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Coletivo ROOF estreia “Paralem” no Teatro Itália com distopia sensorial sobre tecnologia, tempo e ancestralidade

Espetáculo une ficção científica e estética artesanal em temporada a partir de 2 de agosto, com sessões aos sábados e domingos em São Paulo

Coletivo ROOF estreia “Paralem” no Teatro Itália com distopia sensorial sobre tecnologia, tempo e ancestralidade
Imagen: Sidinei Miranda

O Coletivo ROOF, conhecido por suas criações cênicas provocativas e visualmente impactantes, estreia no dia 2 de agosto o espetáculo “Paralem”, em curta temporada no Teatro Itália, no centro de São Paulo. A montagem, uma ficção distópica com forte atmosfera onírica e estética artesanal, convida o público a refletir sobre os limites da tecnologia, da realidade percebida e da memória coletiva. As sessões acontecem aos sábados, às 16h, e domingos, às 15h, até 31 de agosto.


Fruto de uma extensa pesquisa dramatúrgica e visual, “Paralem” parte de um enredo futurista: após uma tempestade solar que desativa toda a tecnologia global, a humanidade é forçada a retornar a modos de vida ancestrais. É nesse cenário de colapso que Bill, um jovem pseudocientista, ativa uma máquina do tempo e desperta em Paralem — uma cidade governada por mulheres e habitada por criaturas míticas, onde o tempo opera em outra lógica e as leis da física se desfazem em rituais e mitos.


“Paralem não é apenas um lugar, é um estado da alma. Quando o mundo escurece e as máquinas silenciam, o tempo abre um rasgo. Bill atravessa. E lá, entre o encantamento e a loucura, o real perde sua forma. Você atravessaria?”, provoca Milton Aguiar, diretor de produção da peça.


Entre o eco-punk e o mito: a estética como linguagem


Com direção geral de Bruno Eustáquio, o espetáculo se destaca pela estética sombria e um figurino que se torna linguagem cênica e crítica. A concepção visual aposta na valorização do trabalho artesanal e da cultura de reaproveitamento. O guarda-roupa do elenco foi composto a partir da revitalização de peças encontradas em brechós, bazares de igreja e costureiras de bairro, que reconstruíram à mão todos os trajes da montagem.


“Cada peça carrega o trabalho invisível de mulheres que costuram à mão, bordam símbolos e narrativas. É um gesto radical de oposição ao processo digital e ao consumo acelerado. Buscamos uma linguagem visual que atravessa o eco-punk e o cyberpunk, mas feita de afeto, memória e resistência”, explica Eustáquio.


Uma experiência sensorial e crítica sobre o presente


A trilha sonora e o desenho de luz — que inclui efeitos de luz estroboscópica — ampliam o caráter sensorial da obra. Em cena, som, luz e corpo dialogam com a dramaturgia para criar uma experiência imersiva que questiona não só o futuro, mas o modo como vivemos o presente. O espetáculo é um convite ao deslocamento: entre o tempo e o mito, entre a razão e o delírio, entre o colapso e a reinvenção.


A encenação integra o movimento do Coletivo ROOF de propor novas formas de imaginar o mundo a partir da experiência cênica, dialogando com temas urgentes como colapso ambiental, espiritualidade, ancestralidade, redes de afeto e resistência ao apagamento histórico.


Serviço


Espetáculo: Paralem, do Coletivo ROOF 

Temporada: de 2 a 31 de agosto de 2025 

Sessões: Sábados, às 16h | Domingos, às 15h 

Duração: 80 minutos 

Local: Teatro Itália – Av. Ipiranga, 344 – Subsolo – República, São Paulo – SP 

Ingressos: R$ 60 (inteira) | R$ 30 (meia-entrada) 

Classificação: 12 anos

 Instagram: @coletivo_roof


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