Hilda de Almeida Prado Hilst, foi uma poeta, ficcionista, cronista e dramaturga brasileira. Falecida desde 2004, ela foi considerada pela crítica uma das maiores escritoras em língua portuguesa do século XX. Suas obras eram repletas de questionamentos existenciais e erotismo.
Vinda com e leva da terceira geração do modernismo, ou os já chamados pós -modernistas, Hilda escreveu em 1973 o livro Kadosh, que foi a sua segunda publicação em prosa, obra essa que é formada por 4 textos, dentre eles AGDA.
Encenada por Gisele Petty, o conto chega ao palco da Casa Urânia, contando de maneira lírica, teatral e até jocosa a história de Agda, uma mulher primeva, que exalta e exalta seus desejos para com o mundo. A moça mora em um vilarejo, fala com Deus e tem três namorados amantes: Orto, Kalau e Celônio. Agda quer a ascese, a experiência mística, mas sucumbe em função de uma construção patriarcal e misógina de religião e assimilação do feminino.
O espetáculo não aposta na representação física de cada personagem, mas em uma guiança que deriva-se da prosa de Hilda. Segundo a encenadora, é como um rio, a narrativa busca atravessar suas estações, e as vozes múltiplas que compõem o conto são anunciadas em fluxo, remontando à experiência de leitura da própria prosa de Hilda Hilst.
“AGDA” fica em cartaz do dia 10 de outubro, até o dia 12 de dezembro, sempre às terças feiras, às 21h, na Casa Urânia. Os ingressos já estão disponíveis pelo sympla.
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