O espetáculo "Feitiço de Soma", uma inovadora criação do dramaturgo Tiago Viudes, da antropóloga Pisci Bruja e da atriz e sonoplasta Nãovenhasemrosto, continua a emocionar e provocar reflexões no Teatro Tusp por meio de experimentações musicais e uma abordagem única sobre a trajetória da epidemia de HIV/Aids.
Ao mergulhar na recepção da soropositividade no Brasil, a peça desafia estereótipos e preconceitos associados àqueles que vivem com o vírus desde o início da epidemia nos anos 1980. Criada em 2020 por Aleph Antialeph, "Feitiço de Soma" busca desconstruir a noção limitada de que apenas pessoas pertencentes às comunidades LGBTQIAP+ e/ou pessoas não-brancas podem ser afetadas pelo vírus.
Aleph compartilha: "A peça aborda a história singular de alguém diagnosticado com soropositividade, mas que permanece como protagonista dentro do amplo contexto que se iniciou muito antes e continua muito depois."
Rompendo com a tradicional abordagem de palestras, o espetáculo transforma uma fala por vezes verborrágica em um feitiço, convidando todos a participar do diálogo sobre o HIV. A narrativa desafia a perspectiva estigmatizada da soropositividade, muitas vezes associada a conceitos de sujeira e depravação.
"Feitiço de Soma" estará em cartaz até 4 de fevereiro no Teatro Tusp, com apresentações de quarta a sábado às 20h e aos domingos às 19h. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados diretamente na bilheteria do local.
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