top of page

“Não Tem Meu Nome”, monólogo de Adelino Costa, segue em cartaz no Cemitério de Automóveis até 30 de abril

Inspirado em obras de Jeferson Tenório e bell hooks, espetáculo aborda identidade negra, pertencimento e crítica à hegemonia branca


Segue em cartaz até 30 de abril, com apresentações às quartas-feiras, às 20h30, o monólogo “Não Tem Meu Nome”, escrito, dirigido e interpretado por Adelino Costa, no Teatro Cemitério de Automóveis, em São Paulo.


“Não Tem Meu Nome”, monólogo de Adelino Costa, segue em cartaz no Cemitério de Automóveis até 30 de abril
Imagem: Arthur Santos

A montagem propõe uma reflexão contundente sobre raça, classe, território e memória, partindo de uma experiência pessoal e coletiva vivida em comunidades periféricas.


Um solo de memória, resistência e afirmação


O espetáculo nasceu a partir das leituras de “O Avesso da Pele”, romance de Jeferson Tenório, e “Pertencimento: Uma Cultura do Lugar”, da pensadora bell hooks. O processo criativo incluiu o resgate de vivências da infância do autor na COHAB de Guaíba, região metropolitana de Porto Alegre, e de observações sobre os desafios enfrentados por populações negras e periféricas em uma sociedade estruturada sob lógicas brancas e burguesas.


“Se o espetáculo provocar no público 10% da reflexão que provocou em mim, acredito que já terá cumprido seu papel”, afirma Adelino Costa.


Uma dramaturgia construída na prática e no pensamento


O texto foi desenvolvido como parte da pesquisa de conclusão da Pós-Graduação em Direção Teatral na FPA (Faculdade Paulista de Artes), com orientação do Prof. Dr. Marcelo Soler. A encenação aposta em uma linguagem minimalista, onde o corpo do ator, objetos, trilha e luz são os principais recursos de composição cênica.


Ao longo da peça, o público é levado a questionar quem tem direito à identidade plena, quem pode nomear-se, e quais narrativas são autorizadas a existir no imaginário social dominante.


Referências de peso na literatura, teoria e cinema


Além de Tenório e bell hooks, a criação do espetáculo foi guiada por pensadores e autores como Conceição Evaristo, Djamila Ribeiro, Chimamanda Ngozi Adichie, Itamar Vieira Júnior, Cida Bento, Grada Kilomba, Zygmunt Bauman e Frantz Fanon. Na linguagem cinematográfica, “Marte Um”, de Gabriel Martins, e o documentário “A Negação do Brasil”, de Joel Zito Araújo, também serviram de base simbólica e estética.


A montagem conta com o apoio da Galeria Olido e da Braapa Escola de Atores.


Serviço – Não Tem Meu Nome


Criação, direção e atuação: Adelino Costa 

Temporada: Até 30 de abril de 2025 

Dias: Quartas-feiras Horário: 20h30 

Local: Teatro Cemitério de Automóveis – Rua Francisca Miquelina, 155 – São Paulo/SP 

Duração: 80 minutos 

Classificação: 16 anos

Ingressos:

  • Inteira: R$ 40

  • Meia-entrada: R$ 20

Venda online: Sympla


Yorumlar


bottom of page