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Foto do escritorPedro Cantelli

"O CORPO É UM SÓ": Grupo Grua comemora 20 anos com espetáculo que une arte e reflexão

Com direção de Rogério Tarifa, o espetáculo une ruas e palcos para discutir a exaustão da vida moderna.


Imagem: Sato do Brasil

O Grupo Grua, conhecido por suas interações poéticas com a ecologia urbana, celebra seus 20 anos com o ato-espetáculo "O CORPO É UM SÓ", dirigido por Rogério Tarifa. “A relação entre teatro e dança sempre me fascinou. Minha parceria com Jorge Garcia, um dos idealizadores do Grua, já dura 15 anos. Gosto muito dessa intersecção entre as artes”, comenta Rogério Tarifa. O espetáculo discute a estafa moderna e o papel do artista em um mundo constantemente exigente, propondo uma reflexão sobre burnout e ansiedade.


Ao longo de duas décadas, o Grua tem explorado as interseções entre dança, performance e audiovisual, atualizando constantemente sua linguagem artística. Este novo espetáculo marca uma união simbólica entre as ruas e os palcos, refletindo sobre a exaustão contemporânea intensificada pela pandemia de Covid-19. A dramaturgia foi inspirada nos próprios vídeos e fotos do grupo e no livro "Sociedade do Cansaço" do filósofo Byung-Chul Han.


Dividida em prólogo, três atos e epílogo, a encenação começa na rua e migra para o teatro, refletindo a trajetória do Grua, que começou com ex-integrantes do Balé da Cidade de São Paulo. Foram convidadas quatro bailarinas, Alma Luz Adélia, Dani de Moraes, Natália Karam e Toshiko Oiwa, para integrar essa celebração diversa e inclusiva.


"O CORPO É UM SÓ" incorpora elementos audiovisuais, com projeções que revelam a trajetória do grupo, criando um grande documentário ao vivo. Depoimentos pessoais foram transformados em música e coreografados, intensificando a conexão emocional com o público. A camada audiovisual é conduzida por Osmar Zampieri, fundamental na história do grupo.


Fernando Martins, integrante do Grua, assina a trilha sonora, aprofundando suas investigações sobre o universo sonoro e musical do grupo. Roberto Alencar contribuiu com figurinos e cenografia, enquanto Jerônimo Bittencourt incorporou sua poesia à dramaturgia.


Seres esgotados e sedentos de transformações dançam e evocam suas memórias e devires, buscando a fuga da exaustão contemporânea em direção a sítios de cura, de compartilhamento e de geração de afetos reais. A pele, o terno: o corpo é um só.


As apresentações ocorrerão na Paideia Associação Cultural, localizada na Rua Darwin, 153 - Jardim Santo Amaro, São Paulo, nos dias 17, 19, 24, 25 e 26 de junho, às 19h, e nos dias 18, 20 e 29 de junho, às 14h. O evento é gratuito, tem duração de 60 minutos e é classificado como livre para todas as idades.


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