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Encenado em capela de cemitério, Queda de Baleia ou Canto para Dançar com Minha Morte retorna em janeiro de 2026

Solo de Bruna Longo, indicado ao Prêmio APCA de Melhor Atriz, propõe uma experiência ritual sobre o tabu da morte e o luto contemporâneo

Encenado em capela de cemitério, Queda de Baleia ou Canto para Dançar com Minha Morte retorna em janeiro de 2026
Imagem: Danilo Apoena

Depois de forte repercussão de público e crítica, o solo Queda de Baleia ou Canto para Dançar com Minha Morte, criado, dirigido e interpretado por Bruna Longo, volta em cartaz a partir de 16 de janeiro de 2026, na capela do Cemitério do Redentor, no bairro do Sumaré, em São Paulo. A temporada segue até 8 de fevereiro, com apresentações de sexta a domingo, sempre às 19h. O espetáculo tem codireção de Vitor Julian e rendeu à atriz a indicação ao Prêmio APCA de Melhor Atriz.

Encenada em um espaço não convencional — uma capela de cemitério —, a obra transforma o próprio local em parte fundamental da experiência cênica, propondo ao público um encontro íntimo, sensorial e profundamente humano com o tema da morte, ainda tratado como tabu na sociedade ocidental contemporânea.


Uma partilha íntima sobre luto, ausência e finitude

Partindo da morte recente de seu pai, Bruna Longo constrói uma dramaturgia em que imagina a própria morte como ponto de partida para elaborar o luto de si mesma — um gesto impossível na vida concreta, mas potente no campo simbólico do teatro. Em cena, a atriz reflete sobre a finitude, o esvaziamento dos ritos fúnebres, o medo, o silêncio e a negação da morte em uma sociedade marcada pela burocratização e higienização do morrer.

A narrativa se desenvolve como uma espécie de rito contemporâneo, em que o teatro assume o lugar de templo e a dramaturgia se transforma em liturgia. Ao revisitar os próprios estágios do luto, o espetáculo convida o público a confrontar suas próprias relações com a perda, a ausência e a certeza inexorável da morte.


Teatro como ritual em tempos de negação da morte

Em depoimento que integra o material dramatúrgico da obra, Bruna Longo relata o impulso criativo que deu origem ao espetáculo:

“Dois dias depois da morte do meu pai, passei a usar o barro desse luto como material para meu trabalho. Meu templo é o teatro, minha liturgia é a pesquisa artística, minha reza é a dramaturgia.”

A peça dialoga com reflexões históricas e antropológicas que apontam o luto como um dos fundamentos da cultura humana — origem da arte, da religião, da filosofia e da narrativa. Ao problematizar a eliminação progressiva dos ritos fúnebres nas sociedades capitalistas ocidentais, o espetáculo propõe que não falar da morte não a afasta, apenas a torna mais temerosa.


Reconhecimento crítico

Desde sua estreia, Queda de Baleia ou Canto para Dançar com Minha Morte vem sendo amplamente reconhecido pela crítica especializada:

“Bruna Longo transforma o luto pelo falecimento de seu pai em uma partilha sensível sobre o desamparo e a ausência.” — Ferdinando Martins (Deus Ateu)

“Bruna Longo transforma o tabu da morte em uma experiência estética e ritual.” — Bob Sousa (Em Foco)

“Interpretação corajosa que se inscreve entre as melhores deste ano pródigo em excelentes trabalhos.” — José Cetra (Palco Paulistano)

“A maturidade corporal da atriz ao representar os vários estágios de um corpo nos faz ter certeza: é um solo de muitas Brunas.” — Jessica Moreira (Morte Sem Tabu – Folha de S.Paulo)

“O teatro mais disruptivo de São Paulo acontece dentro de um cemitério.” — Esther Miranda (São Paulo Secreto)


Sinopse

Bruna Longo acaba de morrer e tenta elaborar o luto de si mesma — a única coisa que não podemos fazer empiricamente. A partir dessa premissa, o espetáculo reflete sobre a relação humana com a finitude, o tabu da morte na vida cotidiana e o processo de eliminação dos ritos fúnebres nas sociedades capitalistas ocidentais. A obra é inspirada na morte recente do pai da atriz.


Ficha Técnica

Direção, elenco, dramaturgia, cenografia e figurinos: Bruna Longo 

Codireção e provocações dramatúrgicas: Vitor Julian 

Provocações estéticas (figurinos e cenografia): Kleber Montanheiro 

Visagismo: Fabia Mirassos 

Desenho de Luz: Gabriele Souza 

Esqueleto de baleia: Paul Zanon 

Provocações de movimento: Paula D’Ajello 

Preparação vocal: Jessé Scarpellini 

Trilha sonora incidental: L.P. Daniel 

Direção de Produção: Paula Malfatti 

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio 

Fotos: Danilo Apoena


Serviço

Queda de Baleia ou Canto para Dançar com Minha Morte 

📍 Local: Capela do Cemitério do Redentor Av. Dr. Arnaldo, 1105 – Sumaré – São Paulo (SP)

📅 Temporada: 16 de janeiro a 8 de fevereiro de 2026 

🕖 Dias e horários: Sexta a domingo, às 19h

🎟 Ingressos: R$ 60 (inteira) | R$ 30 (meia-entrada) 

🎫 Vendas: Sympla

Duração: 80 minutos 

🔞 Classificação: 12 anos 

👥 Lotação: 20 lugares


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